quinta-feira, 19 de abril de 2007

Nunca te vi, sempre te amei

Romário querido,
estive fora um tempo, por isso não te escrevi antes. Também não tenho seu telefone, senão teria te ligado. Ah, teria, viu!
Sempre preferi os mais altos, uma coisa assim meio Raí, mas devo admitir que você parece ser gigante, apesar de ter quase o mesmo metro e meio que eu. Você dando um drible aqui, uma descansadinha ali, um chutinho acolá mexe com nossos sentimentos. A gente se afeiçoou a você naquela Copa, com o Bebeto, os dois com o uniforme azul da seleção. Sim, o azul! Sempre me lembro dele. O azul do Romário!
Se eu te visse, ia tirar uma foto com você. Pedir um autógrafo, quem sabe? Ou ia querer que você me jogasse uma rosa no colo, como faz o Rei. O Rei Roberto, não o Rei Pelé. Mas não te vi. Nem com a camisa azul e nem com a camisa branca do Vasco. Pra falar a verdade, acho a camisa do Flamengo mais estilosa, mas até que aquela lista preta te dá um certo charme, devo confessar.
Baixinho, eu queria ser loira, ser burra, peituda, ter um bundão, falar "seje", "esteje" "questã", mas a questão é que sou morena, inteligente, sem silicone, então só me resta escrever, já que nunca serei uma mulher a sua altura.
Será que você poderia fazer esse gol logo? Eu não aguento mais ver Globo Esporte, Esporte Espetacular, Mesa Redonda, o Avalone, o Juca Kfouri, a Soninha. Não aguento mais, Romário!
Não aguento mais as piadinhas que chegam no meu orkut sobre você. Não suporto meu namorado falando sobre esse assunto na mesa do bar. Romário, eu quero voltar a falar da novela das 8, das gêmeas Paula e Taís, do Fabio Assunção, da Renée de Vielmond! Eu não quero mais ficar 2o minutos olhando pra tv, esperando você decidir se vai ou não cobrar pênalti, Romário!
Faça
logo esse gol, nem que seja aqui no quintal de casa, mas me deixe voltar a viver!