quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Ser mulher parte 6 - nas férias



Eu tenho muito preguiça de fazer mala. Mais preguiça de desfazer, na vedade, mas arrumar mala, pra mim, é um ritual.
Pega um pouco de blusa, põe em cima da cama e vai ver tv. Depois pega um tanto de saia, shorts, põe ao lado das blusas e vai almoçar, tomar café, fumar um cigarrinho. Volta depois de algumas horas e separa os biquinis.
- Calça jeans, calça jeans... Mas que raios eu vou fazer com uma calça jeans na Bahia em janeiro?
A calça jeans fica.
E os montinhos vão se formando em cima da cama: blusas, shorts, saias, biquinis....
Nunca lembro daquelas técninas que aparecem nos programas de tv. Olho para os montinhos e penso:
- O que vai embaixo? Sapato? Calça? Blusa? Como dobrar? Como preencher os espaços? E se amassar?
Chega a hora da necessarie. Só mulher sabe o que isso significa. Tudo aquilo que hoje é proibido em viagens internacionais está na necessarie de uma mulher: gel, líquido, com espuma, sem espuma, em creme, em loção, em óleo. E duvido que alguma mulher consiga viajar sem seus apetrechos "terrosristas".
(E não venha você me dizer: "Ju, você vai pra Bahia, pode levar, é vôo doméstico." Na minha última viagem a Bahia, meu vôo, fui saber no check in, era internacional. São Paulo era escala de Montevidéu, portanto, nada de necessarie de mão com minhas coisinhas de beleza. Nem preciso dizer que enfiei tudo na mala e que tudo explodiu no caminho. Mas melhor explodir do que deixar pra trás.)
Enfim, mala fechada, montinhos organizados, necessarie pronta...
- Nããããããããããão!!!!! Como eu pude esquecer! Lá é 110 ou 220?
- Ai, Ju, como eu vou saber a voltagem do litoral da Bahia.
- Mas eu preciso saber se levo o secador 110 ou o 220?
- Seu secador não é bivolt?
- Nããããaãão! Pega o Guia 4 rodas. Vai lá ver se tem essa informação! Tem que ter, tem que ter! Não é possível que não tenha a voltagem das cidades no guia!
- Ju, não tem. Mas pra que levar secador? Você nem vai usar.
- Eu preciso levar. Vai lá, pega o cadeado da mala na minha bolsa.
- Mas não cabe nada mais na sua mala.
- Eu tiro a jaquetinha jeans, mas o secador eu não deixo aqui! Afinal, vou fazer o que com uma jaqueta jeans na Bahia, em janeiro?!

Ainda não sei se escolhi a voltagem certa. Chutei. Na volta eu conto se acertei. Mas sem secador eu não viajo. Nem que seja pra ele ficar na mala, mas ele é mais importante que um casaco. Ah, muito mais!










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segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Férias


Tô saindo de férias. Vou viajar, porque sabe como é mulher quando tira férias e fica em casa... Resolve arrumar o guarda-roupas, a gaveta de calcinhas, decide que precisa fazer check up, ginástica e dar uma passadinha no dentista. Tem também aquela ala nova do shopping que ela precisa conhecer e aquela amiga que ela não vê há séculos. Sem contar que o carro tá meio asism, então é bom levá-lo até a oficina.
Como eu não quero fazer nada disso, vou sair por aí. Se no caminho tiver um computador, eu venho aqui contar histórias. Mas se eu me jogar num lugar muuuito longe, volto em 6 de fevereiro.
Um beijo a todos e até lá!


quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Não vou comer!


- Não adianta! Eu não vou comer isso!
- Mas por que não? É bonitinho, olha.
- Bonitinho onde? Olha essa pele toda arrepiada! Bonitinho... Bonitinho é filhote de labrador, é gatinho siamês!
- Mas é carne branca, saudável.
- Saudável? E desde quando existe frango gordo assim? Ou isso é galinha velha ou tá cheio de hormônio. E galinha é bicho burro. Não vou comer bicho burro!
- Para! Você come porco e não come frango?
- Mas porco vem em formato de lombinho, de pernil, de linguiça, bisteca.
- Hahaha, come linguiça e não come frango....Mas e o boi? Você come boi?
- Mas o boi não vem inteiro pra mesa e com a pernona arregaçada, olhando pra mim. Vem em forma de bife, filé!
- Tá. Mas você come peru naqueles sanduiches sem graça que você faz. Peru é igual frango.
- Eu não como o peru. Eu como o peito do peru. E não é sem graça o meu sanduiche.
- Mas o frango também tem peito. Vai me dizer que você não come peito de frango?
- Só às segundas-feiras, quando invento de começar dieta. Mas não dura um dia essa história.
- Então, você come todas as carnes e não come frango? Peixe você come?
- Como.
- A-ha, te peguei! Peixe vem inteiro pra mesa!
- Mas peixe não tem a pele arrepiada e nem coxa. E nem aquele pé magrinho que anda pra trás.
- Mas é isso que tem para o jantar. Então você vai ficar sem comer?
- Não, vou fritar um ovo. Sim, ovo. E, por favor, não venha você me dizer no que o ovo se transforma...

p.s.: ela tinha tanto pavor de frango, que quase vomitou procurando a imagem para ilustrar este post.





domingo, 14 de janeiro de 2007

A rainha da cocada preta

Ela tinha importância no mundo das celebridades. Era loira, alta, bonita, fazia tv, teatro, cinema. Até sem calcinha já tinha saído. Ela dava audiência. Era gostosa... Para, para! Gostosa não era muito. Sua bunda tinha celulites e ela adorava afirmar isso em momentos "gente, sou normal".
Durante uma temporada, ela ficou falando tudo que lhe vinha a cabeça, num programa de tv. Como falava. Adorava expor suas opiniões de mulher madura aos 28 anos. Era vivida essa moça. Quantas mulheres cansadas em casa não seguiram seus conselhos?
Xingava fotógrafos, respondia para reporteres, fazia careta para os fãs mais abusados. Às vezes ela queria ser antipática. Qual o problema em ser antipática? Ela podia ser o que quisesse, afinal, levava cultura para as crianças com suas peças inspiradas em histórias clássicas. Quem mais fazia isso neste país? Ela era um sucesso. Um avião, como diz papai. As crianças amavam aquela criatura loirinha, de cabelo curtinho e espetadinho, um pequeno príncipe, que sem peruca e figurino, se transformava numa grande rainha. Da cocada preta, mas rainha.
Ela tinha vários namorados. O da vez era um sujeitinho meio sem talentos. Já tinha tentado ser ator, cantor, lutador de jiu jitsu. Com certeza esse garoto tinha um cachorrão em casa. Ele tinha cara de menino que tem cachorrão. Ele também tinha sungas, muitas sungas. E os dois eram felizes.
Um belo dia, essa menina, que tinha fama de autêntica, resolveu falar. Deveria ter ficado quieta, mas como era impulsiva e "eu falo mesmo, vocês que se danem" , resolveu contar no seu blog que era musa inspiradora de uma canção. Sim, ela tinha blog... Danada essa garota!
O dono da música, um senhor muito autêntico também, que falava o que lhe vinha a cabeça...ou não...resolveu responder, e disse que a mocinha estava enganada. Ele já tinha feito música para várias mulheres. Até dona Canô, sua mãe, se bobeasse, virava música. Mas ela, a mocinha de Jaboticabal, não era a Helô Pinheiro dele.
E ela continuou vivendo no País das Maravilhas, onde sonhar era possível.





sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

e o telemarketing...

- Hã....Alô......
- Bom dia, senhora.
- Quem é?
- É da Tim, senhora. A senhora está podendo falar no momento?
- E por acaso 8 e quinze da manhã é hora de falar com alguém ao telefone?
- Desculpe, senhora, não entendi?
- São 8 e 15 da manhã. Não, não estou podendo falar, PORQUE ESTOU DORMINDO!
- Desculpe, senhora, não entendi.
- 8 E 15 DA MANHÃ É HORA DE LIGAR PARA OS OUTROS??????
- Desculpe, senhora, qual estará sendo o melhor horário para estar ligando.
- Não, não desculpo, porque eu estava dormindo e você me acordou.
- Senhora, a que horas estarei podendo ligar?
- Se eu fosse você, não ligava mais hoje, porque com o mau humor que você me deixou, é bem provável que eu bata o telefone na sua cara da próxima vez.
- Obrigada, senhora. Estarei ligando mais tarde.

8 e 15 da manhã? Desculpe, mas eu vou gritar: OITO DE QUINZE DA MANHÃ? FAÇA-ME O FAVOR!
E ai de alguém que perguntar por que eu durmi com o celular ligado!


terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Ser mulher parte 5


Este assunto é exclusivo para as mulheres. Os homens podem ir fumar um cigarro na varanda e voltar mais tarde.
Ela decidiu arrumar a gaveta de calcinhas. A gaveta era gigante e tinha, além de calcinhas, sutiãs, biquinis e uma variedade de saquinhos. Saquinho pra isso, saquinho pra aquilo... Meias não, porque as meias ela guardava em outro lugar pra não ocupar espaço.
Então lá foi ela. Pegou um saco de lixo e começou a separar o que prestava do resto.
- Desse tamanho??? Meu Deus, onde eu usei isso? Amarelinha? Só posso ter comprado em liquidação de ano novo. Não, não é possível que eu, em algum dia da minha vida, usei esse biquini! Nãããããããão!!! Body de renda? Só de pensar já começa a dar urticária. É muita renda pra um corpo só! Isso não é meu, não pode ser meu! Frajola? Eu lá tenho cara de quem usa calcinha do Frajola?
E conforme ela ia separando, ia também rindo de situações que se passaram na vida.
- Essa verde não. Essa dá sorte, não posso jogar fora. E essa? Ai, essa calcinha....eu vesti, quer dizer, tirei, naquele dia. Vai ficar de recordação. Essa branquinha tá meio com o elástico velho, mas não, eu não posso jogar. Me acompanhou em tantos lugares. Não vou abandoná-la assim, de repente. E essa? É velha, então uso naqueles dias. Essa outra ele me deu, numa fase romântica que ele teve.
Com os sutiãs, a coisa era um pouco mais fácil. De um tempo pra cá, o peito dela tinha aumentado, naturalmente, que fique bem claro, então era mais fácil. Desfazia do que não servia mais e ficava com os novos. Mas como? E aquele pretinho sexy?
- O pretinho sexy não vendo, não dou e não empresto. Aquele colorido também não vai, porque fica ótimo com regata branca. Eu dou um jeito do tamanho servir. Esse outro já era, tchau sutiã! Bege? Vai pro lixo. Não sou mulhe de usar sutiã bege.
E a parte sutiã estava resolvida.
Chegava o momento dos saquinhos. Era saquinho de todas as marcas, de Projeto Tamar a Gucci. E ficariam todos, porque mulher adora um saquinho pra enfiar calcinha, biquini, lencinho, maquiagem, sapato. Saquinho em viagem era perfeito.
Quando, finalmente, a faxina íntima chegou ao fim, o que prestava era devolvido pra gaveta e o que não prestava ia pro saco de lixo.
- Onde eu vou jogar isso? Aqui no prédio não posso. E se o porteiro pegar de lembrança na hora da coleta? Nunca mais vou ter coragem de chegar sozinha em casa de madrugada. E se eu botar fogo? Botar fogo como? Vou incendiar o apartamento por causa de umas calcinhas velhas? E se eu levar pro carro e jogar em alguma caçamba por aí? E se a caçamba for parar no lixão e o Caco Barcelos resolver ir lá fazer matéria pro Fantástico? " Zeca e Glória, estou no lixão de São Paulo, e coisas incríveis aparecem por aqui. Vejam esse saco de calcinhas! Quem será que jogou fora peças tão íntimas? Se você reconhece essas calcinhas, entre em contato com a produção do programa. Domingo que vem revelaremos o nome da dona."
Não, ela não podia jogar em lugar nenhum. Nem por fogo. Doar pra caridade também não ia dar. Ela tinha ciúmes das calcinhas dela. E uma certa noção de higiene.
E o saco de lixo ficou lá, por um bom tempo, no canto do quarto, esperando uma solução.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Ela deve ser idiota!

- Nem adianta me dizer que não fazem a gente de idiota, porque fazem sim!
- Mas o que aconteceu dessa vez?
- Dessas vezes, e nem vou estender o assunto ao ano passado. Vou me concentrar nessa primeira semana mesmo.
- Então fala, o que houve?
- O quer houve é que recebi um raio de um cartão da Cia Aérea #*&, onde dizia que eu era cliente preferencial.
- E isso não é bom?
- E por acaso pagar passagem aérea de R$ 400, 00 em 36 vezes, com juros de 2,99% ao mês é bom? Por acaso eu tenho cara de mulher dada a crediário? Eu tenho cara de pobre, que paga 400 reais em 36 vezes? Ou tenho cara de burra mesmo, que paga 800 reais por uma coisa que custa 400? Cliente preferencial onde? Só falta eu estar andando na rua e me oferecerem carnê do baú? Aí já é muita humilhação!
- Mas o que mais te aconteceu?
- Aconteceu que vou tirar férias e o estacionamento que eu paro meu carro todo santo dia há dois anos, não quer descontar os dias que ficarei fora. Idiota! Eles só podem achar que sou idiota!
- Então por que você não cancela o plano de mensalista e depois faz outro quando voltar?
- Não vem você achar também que eu sou burra, por favor! Eu disse que ia cancelar e eles disseram que, infelizmente, não terão vagas para mensalistas quando eu voltar. E que se eu for esperta, devo continuar pagando, mesmo não utilizando o serviço. Segundo eles, é pra garantir....Eu esperta? Não, não sou esperta do ponto-de-vista deles. Nada esperta.
- Que mais?
- Resolvi comprar a passagem aérea em outra companhia, só de raiva. Comprei e agora quero alterar a data.
- E não pode?
- Pode. Mas veja só: se eu mudar o vôo para um outro do mesmo valor, pago 100 reais pela diferença. Diferença? Mas é o mesmo valor. Se eu mudar para um vôo mais caro, pago 50 reais. Ou seja, pago de qualquer jeito. E não posso alterar pela internet. "Vou ter que estar indo" a um balcão da companhia, nos dias úteis, das 8 da manhã às 6 da tarde. Claro, eu não trabalho, eu não faço porra nenhuma a não ser mudar data de vôo das minhas viagens. Entre 8 da manhã e 6 da tarde? Então eu acordo às 6 e meia da manhã para ir lá, porque das 8 às 18 eu não quero fazer nada e depois eu tenho a novela pra assistir. E meu dinheiro nasce em árvore, só pode ser!
- Isso tudo em uma semana?
- Sim, isso e mais uma coisa que eu não vou contar pra você não sair por aí dizendo que eu sou reclamona.
- Ah, conta, vai?
- Não, não conto.
- Ah, por favor...
- Assinei uma revista de editora @*$#% e ganhei, "inteiramente grátis", 3 meses de outra revista. Ótimo, pensei. Ótimo pra eles, que passados esses 3 meses, postaram uma carta no correio no dia 2, sendo que carta demora um dia pra chegar, com o seguinte texto: "se até o dia 3 você não entrar em contato conosco, estaremos efetuando a assinatura da revista que você ganhou de brinde! O débito será cobrado o na sua conta corrente." Sim, dia 3, sendo que a carta chegou dia 3 e, quando eu não estou indo ao balcão da cia aérea trocar meu vôo, estou catando mosca em algum lugar que não é na minha casa na hora que o carteiro passa. O que significa que, quando li, o débito já estava feito.
- Mas você atrai malandragem.
- Ou atraio malandragem ou sou honesta demais para o mundo de hoje. Lembra da história do posto de gasolina? Então, me sinto a mesma idiota daquela vez.




quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Ju de Juliana

Pronto, deletei o post......assim como o combinado!


quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Resoluções

Pra ela já não tinha mais jeito. Aquela história tinha chegado ao fim. Acabado, dançado, subido no telhado.
Ela ficava mau humorada, porque lembrava que ia encontrá-lo, que passaria horas com ele, que ia ter que suportá-lo a semana toda, o mês, o ano, quiçá a vida inteira.
Estavam juntos há dois anos. Tinham vivido várias coisas, tinham crescido, superado crises, já tinham dado um tempo, ela já tinho ido viajar pra tentar esquecer um pouco, mas mesmo assim não conseguia falar.
Como ela ia chegar assim, do nada, e dizer:
- Olha, pra mim já deu. Tô enjoada de você, do seu jeito, das suas manias. Tô cansada de passar os fins-de-semana na sua companhia. Não quero mais aturar as suas neuras com horários, dinheiro, intrigas. Sabe, na verdade, eu gosto de você, mas quero viver outras coisas. O problema é comigo. Eu te ligo qualquer dia.
Ela não podia fazer isso. Ou podia? Ela não sabia como agir. Ele tinha sido legal com ela no começo. Quando ela precisou, naquela fase crítica da vida dela, no sufoco, ele falou:
- Vem cá, eu te dou colo.
Mas isso já fazia tempo. E agora eles já se conheciam bem, e ela não suportava mais conviver com os defeitos dele. Implicava com tudo. Tudo mesmo. Era o bode, o famoso bode. Coitado, ela pensou. Coitado nada. Ele me sugou, me trouxe rugas, me fez chorar, me levou de volta ao psiquiatra. Quis tirar meus amigos de mim. Me queria só pra ele, aquele egoísta, o tempo todo, em todos os feriados.
Mas coitado. Eu estive com ele em todos os momentos ruins. Não posso abandoná-lo agora que as coisas estão melhorando. Ele me proporciona tanta coisa boa. Egoísta sou eu. E tem mais: e se nenhum outro me quiser? E se não me acharam interessante o suficiente? E se minha vida sem ele despencar num poço sem fundo? Preciso ter um na manga, aí pelo menos vou me garantindo assim.
A cabeça dela já estava entrando em curto-circuito. Não tinha calmante, chá, passiflora ou livro ruim que a fizesse dormir. A mente ficava lá, matutando, tentando uma solução.
- Eu preciso confiar no meu taco. Preciso pensar em mim. Ai, Deus, me ajuda.
Deus também já era apelar demais. Isso não era coisa pra Deus resolver, ela pensou. Tarô? Também não. Desde quando ela acredita em tarô? Pai- de- santo, melhor amiga, manicure? Alguém tinha que ajudá-la a encontrar uma solução. E quanto mais palpite davam, mas confusa ela ficava. Ela só tinha certeza que não dava mais. Mas não sabia por um fim naquilo.
Até que ela pensou mais um pouco e antes da cabeça dar um nó, ela concluiu que aquilo não passava de um emprego. Não era um casamento, um namoro. Era só um emprego. E ela queria mudar. Só isso.